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Poderíamos falar hoje do ciclo imerso,
afundado e profundo dentro do ser aparentemente resolvido. Como se esperasse a
próxima fase do seu ato de aceitar sem se convencer que do outro lado existe
outro ser como ele, que toca o lugar inalcançável da pele. Não, não é disso, de
pele nua e crua que falamos, você e eu. É de algo que ultrapassa os poros,
sabemos, só que nem sempre sentimos o impulso do gesto que todas às vezes se
move tão lentamente.
Estamos agora todos equivocados, será?
Confundimos toda essa coisa com o já conhecido que domina e cedemos aos
caprichos que temos nas mãos, feitos de doses aleatórias do humano.
É preciso tocar o que se diz humano,
senão há a falta, a incompreensão frente às dificuldades da suficiência e do
gosto consciente arrebentando lá dentro como quem tem a composição mais letal:
é isso de descrever como o fantasma quase parasitário que se aloja naquele
espaço líquido e de pastos que se apropria dos componentes como o senhor de
carne, ossos e outros líquidos.
Mas bem cá entre nós, existe o
irremediável medo do outro ir embora e se escafeder montado na carruagem que
serve aos contos que dos finais trágicos. A carruagem pode se perder pelos
caminhos de selva ou se fartar daquele ser que não sabe se portar diante da
necessidade de vida e morte quando vem ao mesmo tempo.
As duas: bocas e mãos silenciosas e
leves e dominadoras quando arrebatam o tempo que se leva dentro do corpo que
agora já é o próprio outro. Queremos mesmo saber delas? Elas são dependentes,
uma não existe sem a outra.
Ainda não terminei por hoje. Essa coisa
mais massuda que desconheço e falo, é dela que temos a certeza. Merecemos de
tudo, na vida e na morte. Não tenhamos medo do palavreado acerca das coisas que
não se conhece, pois é assim que se vai conhecendo.
Que imagem mais novelesca fizeram dela,
da que não se intimida nem fica perplexa diante da tara de viver. É nesse outro
lado que estamos pisando agora, não sabia? Tivesse aí há mais tempo seria mais
fácil de entender, penso.
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