quarta-feira, 18 de maio de 2016

tocar o que se diz humano

imagem via pixabay


Poderíamos falar hoje do ciclo imerso, afundado e profundo dentro do ser aparentemente resolvido. Como se esperasse a próxima fase do seu ato de aceitar sem se convencer que do outro lado existe outro ser como ele, que toca o lugar inalcançável da pele. Não, não é disso, de pele nua e crua que falamos, você e eu. É de algo que ultrapassa os poros, sabemos, só que nem sempre sentimos o impulso do gesto que todas às vezes se move tão lentamente.

Estamos agora todos equivocados, será? Confundimos toda essa coisa com o já conhecido que domina e cedemos aos caprichos que temos nas mãos, feitos de doses aleatórias do humano.

É preciso tocar o que se diz humano, senão há a falta, a incompreensão frente às dificuldades da suficiência e do gosto consciente arrebentando lá dentro como quem tem a composição mais letal: é isso de descrever como o fantasma quase parasitário que se aloja naquele espaço líquido e de pastos que se apropria dos componentes como o senhor de carne, ossos e outros líquidos.

Mas bem cá entre nós, existe o irremediável medo do outro ir embora e se escafeder montado na carruagem que serve aos contos que dos finais trágicos. A carruagem pode se perder pelos caminhos de selva ou se fartar daquele ser que não sabe se portar diante da necessidade de vida e morte quando vem ao mesmo tempo.

As duas: bocas e mãos silenciosas e leves e dominadoras quando arrebatam o tempo que se leva dentro do corpo que agora já é o próprio outro. Queremos mesmo saber delas? Elas são dependentes, uma não existe sem a outra.

Ainda não terminei por hoje. Essa coisa mais massuda que desconheço e falo, é dela que temos a certeza. Merecemos de tudo, na vida e na morte. Não tenhamos medo do palavreado acerca das coisas que não se conhece, pois é assim que se vai conhecendo.


Que imagem mais novelesca fizeram dela, da que não se intimida nem fica perplexa diante da tara de viver. É nesse outro lado que estamos pisando agora, não sabia? Tivesse aí há mais tempo seria mais fácil de entender, penso.

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